O país passando por profundas e perigosas transformações, inclusive chegando a ponto de estar caminhando na contra mão de todas as tendências mundiais, onde se buscava novos ares de libertação, o povo totalmente alienado do processo, como se dele não fizesse parte.
O impacto dessa realidade foi tão profundo, que ele acabou se permitindo a uma análise inicialmente, meramente constatatória, mas que aos poucos foi adquirindo contornos sócio-políticos, com conclusões alarmantes.
Década após década, o país foi passando por um processo endêmico e degradante no que se referia à instalação e proliferação de administrações lesivas e altamente corruptas.
A coisa caminhou de uma forma tão calamitosa, que chegou a fugir do controle por menor que fosse.
Passamos a ser conhecidos mundialmente, como um país de pulhas, onde por mais que pudesse ser incrível, contava com uma das classes políticas mais sórdidas do planeta.
Os dirigentes cada vez mais ricos em detrimento de uma população predominantemente miserável, ignorante e sempre à esperar de esmolas governamentais.
Crimes anteriormente repudiados por todos até mesmo por um consenso ético, passaram a ser encarados como a mais natural das coisas inerentes e decorrentes da atividade política.
Um corporativismo cada vez mais exacerbado, acabava por referendar todo e qualquer tipo de ação danosa aos interesses do páís.
E mais uma vez, o povo à margem de tudo e mais ainda, sem a menor conecção com a perigosa realidade.
As perspectivas de um horizonte caótico se tornavam cada vez mais evidentes e mesmo assim nada era tentado no sentido de frear aquele descalabro.
Diante da necessidade extrema de algum tipo de ação em larga escala, o nosso "herói" constata amargamente que o seu país prima pela injustiça em todos os níveis.
Não há um segmento onde as ações sejam calcadas em ética e , honestidade.
Tomando conhecimento do noticiário diário, nota-se que as maiores ações criminosas se verificam no âmbito político.
Ninguém mais parece se preocupar com os pobres e miseráveis punguistas. Os criminosos da raia comum já não tem mais importância alguma.
Hoje os grandes gatunos estão agindo num âmbito de esferas muito mais elevadas.
Os grandes escândalos financeiros, ações empresariais fraudulentas com o governo. Grandes obras com concorrências lesivas para o erário público.
Os políticos legislando em causa própria a fim de se precaverem e preservaram os próprios interesses, invariavelmente escusos.
Diante desse quadro "apocalíptico", o Eice resolve mesmo que simbolicamente, dirigir o foco de suas ações contra o grande flagelo do país, a classe política.
Muito se fala em crimes do colarinho branco, a impunidade geradora de novas ações pouco ou nada éticas.
O país afundando num lodaçal medonho e mesmo assim, a possibiliade de um clamor popular no sentido de se levantar contra tudo isso, não dava nenhum indício de que aconteceria...
LC OLIV
Qualquer semelhança seria mera coincidência? A história se repete ou continua? Eice viveu a mesma situação que se repete no passado, presente e futuro. Essa foi e é a política brasileira, quando mudará?
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